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terça-feira, 18 de junho de 2013

“Facebookers” 2013 – Curtir, compartilhar, agir.


Muito se questionou sobre a utilidade prática das redes sociais no contexto político. Acredito que as respostas começaram a aparecer em alto e bom tom. Sem a integração virtual, e sua gigantesca capacidade de mobilização, as marchas sobre as ruas do país não teriam a quantidade de pés em rota que tiveram nestes últimos dias.


É fato que houve um salto importante na relação entre os jovens e suas redes sociais, que saíram da estática digitação para o engajamento móvel nas questões incômodas que afetam suas vidas. Ao romper a inércia que mantinha o país na catarse saudosista dos anos de ditadura, com seus aguerridos movimentos juvenis, vimos mobilizações exitosas e organizadas em prol de sacudir toda acomodação popular e jogar o povo nas ruas. Prefiro ignorar as turbas marginais, que tentaram avacalhar o movimento com sua depredação estúpida e sua violência vazia de ideologias positivas.



Imagens fantásticas correram o mundo ilustrando uma ação digna, justa e necessária em prol da moralização do país. Ainda que alguns tentem rotular o episódio como algo motivado por 20 centavos, sabemos que isto não passou de um estopim. Vinte centavos não pagam a roubalheira de dinheiro público a que somos impostos há tantos anos, não paga a saúde de péssima qualidade, a educação em frangalhos que oferecemos para nossas crianças e jovens, nem todo descaso com o qual o povo é tratado pelos governantes e legisladores que ocupam as casas do povo.



É honesto fazer um mea culpa neste ponto, pois estes biltres lá estão por incompetência nossa ao votar. Ainda que alguns se escondam no engodo aplicado pelos candidatos em época de eleição, é fato que muitos eleitores vendem-se, e a seus votos, por meia dúzia de dinheiros.



Não compactuo ou vejo coerência na depredação do patrimônio público infligida por animais travestidos de manifestantes. Esses estúpidos não entendem que público significa de todos, e não do governo. Quando vencermos as causas por nós pleiteadas viveremos em qual mundo: naquele que ajudamos a construir ou no que destruímos para legitimar nossas opiniões?



Quero o povo nas ruas gritando suas amarguras e decepções. Quero o povo marchando contra a bandalheira que nos está posta e que não mais nos manterá calados e submissos. Quero ver brotarem ideias para um país melhor, emergindo das mobilizações pacíficas. Quero ver os mesmos jovens que hoje balançam cartazes e bandeiras nas ruas de nosso país, dedicados ao conhecimento e desenvolvimento da política, que em sua essência são os assuntos relacionados às relações sociais entre os homens, a fim de criarmos uma forma melhor para governar e fazer crescer nosso Brasil.



Saímos do sofá e fomos para as ruas, devemos agora ir para as escolas, empresas e tribunas dialogar, propor, fiscalizar e construir o amanhã melhor!


Marcos Marinho
Professor e Consultor político

Twitter: @mmarinhomkt

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